Laura Lucy Dias
Eu
já ouvira fala da tal Lya Luft, e em um dia perfeito estava a passear pela
livraria, para adquirir um livro para meu marido, ele já sabia qual. Eu não
procurava nada e topei com este livro, vistoso como poucos, só de tocá-lo o
quis. A capa para mim é linda e o conteúdo era inesperado.
Imaginei
que seria uma ficção, mas deparei-me com um monólogo calmo e intimista. De fato
me surpreendeu poder estar ali na vida da escritora e mesmo assim com tão
poucos detalhes íntimos revelados. Ela reflete sobre as fases da vida, divaga e
quebra paradigmas sobre diversas coisas ligadas ao senso comum, de forma livre
e suave.
Realmente
faz pensar em muitas coisas, e acho que é um livro para qualquer idade. Porém o
arroubo da juventude dificilmente o terminaria, pois a velhice está tão
distante quanto a ideia de morte. Eu sou uma mulher adulta e pude vislumbrar um
modelo de velhice diferente do que a mídia nos mostra.
Fez-me
pensar que de fato não entendo os idosos de minha convivência, e são poucos e
com pouco contato. Não há como entende-los, mas deveríamos apreciá-los mais. É
difícil em muitos casos, mas e importante fazermos a nossa parte para tanto, afinal,
a gente aprende as coisas de várias formas e muitas delas é conversando,
observando e lidando com coisas que não estão em nosso domínio.
Obrigada
Lya Luft, estou muito mais leve, apesar de ainda ser espreitada por esta
personagem tão importante em todas as culturas, e que nos torna tão iguais,
apesar da ilusão de diferenças, criadas pelas mentes e desejos nem sempre voltados
para o bem comum..
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