Eu li este livro por indicação de minha querida Ana Cristina, e agora vou
postar as minhas observações sobre este livro. Basicamente ele é muito bom, mas
ele tem muitos poréns.
Comecemos pelo autor, ele publicou este e muitos outros livros que cuidam de
educação de crianças e jovens, desde a família até o âmbito escolar (é porque
deve ser nesta ordem, né!!!). Ele trabalha suas obras em conjunto com a sua
filha, que e psicóloga/psiquiatra e demonstra ter uma família feliz.
O livro em si me pareceu como um apanhado de textos que foram pegos e
publicados em ordem de temas e gradação de assuntos, porém isso o torna um
pouco repetitivo e cansa a leitura, mesmo esta sendo fácil e eu tendo lido-o em
muito pouco tempo.
O que acontece é que este livro é voltado para as famílias tradicionais: pai,
mãe e filhos que convivem juntos no mesmo lar. Vai falar da mãe e do pai para
que a mãe e o pai possam trabalhar juntos na educação do pimpolho e ainda
manter uma relação saudável e estável.
O que me pegou foi o fato de que hoje há tatas famílias que se constituem de
forma tentacular que nem sei se serve para os casos de pais assim. Claro que
para as mãse serve, mesmo as solteiras, separadas, viúvas ou no seu segundo
casamento, por exemplo. Mas os pais... já não parece que é tão mobilizado para
tal.
São muito interessantes as análises históricas da educação e a visualização da
evolução da familia que tinha filhos como coelhos, e como tinha muitos não
precisava valorizar, e passar até chegar para a nossa atualidade (e ver ainda
na introdução) o significado do "Meu filho, meu tesouro". A partir do
momento que seus filhos, sua prole passa a diminuir, o valor individual de cada
criança aumenta, e então "ai de você se mexer com meu filhinho!!!!".
Seja por políticas de controle de natalidade, por um reconhecimento da infância
como uma fase distinta ou a supervalorização, divinização da adolescência, a
nossa sociedade perdeu um pouco do eixo que conhecia e o bicho pegou. Agora nem
temos moral, nem temos disciplina e nem temos famílias que educam!!! Vamos
terceirizar a criação de nossas crianças e logo Freud terá a possibilidade de
estar cada vez mais certo e quem sabe o admirável mundo novo logo se instaure,
talvez de forma adversa, porém quem sabe num nível espartano!
Gosto de pensar que a humanidade sempre se encaminha aos extremos, e quando
chegamos no caos, retomamos teorias e atitudes já utilizadas no passado. Não
desejo a palmatória, mas que pelo menos a família recolha a valorização da
cidadania como uma nova moral no seu seio, que o respeito seja foco e a
educação venha do lar para a escola, possibilitando que essas crianças possam
aproveitar melhor aquilo que as instituições escolares podem oferecer de melhor!!!
Ai, falei! :p
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