Lei de direitos autorais

LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998

Artigo 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:

IV - o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou;

28 de mar. de 2013

O lado Bom da Vida, por Gisele Souza



O livro O Lado Bom da Vida, escrito por Matthew Quick - que foi professor e depois de uma
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viagem até a América do sul resolveu escrever e entrar em outra conexão com o universo -, é um daqueles livros que achamos que não haverá conexão alguma com qualquer coisa, que é um simples livro de auto ajuda ou algo nesse sentido. O que nos deixa totalmente enganados, pois é um livro maravilhoso, daquele que sentamos e vamos lendo sem ver o tempo passar, repensando algumas coisas de nossas vidas, refletindo sobre a loucura, a perda, o amor, o desamor, a traição, a amizade, família e até em jogos de futebol americano.

O livro conta a história de Pat, que teve um casamento decepcionante e por conta de uma traição acabou indo parar num hospital psiquiátrico, passando alguns anos de sua vida sem se lembrar de seu grande trauma e achando que saindo de lá voltaria a estar com sua esposa. Com o passar do tempo, sua mãe vai buscá-lo no hospital e o leva para casa, onde ele recomeça do zero, sem emprego, com uma família desestruturada, pois seu pai não consegue ser carinhoso com ele, nem com seu irmão e muito menos com sua esposa, que faz de tudo para que Pat possa se sentir bem e recuperar-se de seu trauma. Pat, durante a estadia no "lugar Ruim" como ele mesmo menciona no livro, começou a malhar para que ficasse com o corpo igual ao de quando conheceu sua esposa e ao sair da clinica mantém o hábito. Num jantar na casa de um amigo, conhece Tiffany, que passou por problemas tão ruins quanto os dele e estava lutando para sair de sua depressão. Eles passam a correr juntos e se tornam amigos. Tiffany se apaixona por ele e com isso lhe faz uma proposta que Pat começa a achar que pode mudar sua vida e enfim voltar com sua esposa. O tempo passa e algumas mentiras vão aparecendo, quando, num relance, ele começa a se lembrar do porque ter ficado tanto tempo numa clínica psiquiátrica e a romper com seu passado iniciando um futuro que já estava ali presente há certo tempo.

A história pode não parecer muito comovente, mas quando começamos a ler podemos ver tamanha profundidade e peculiaridades que não achamos tão facilmente, podemos ver intertextos dentro da obra, ele cita diversos livros, livros que podemos levar para nossas vidas, em sua maior parte tristes, mas quem disse que a vida é sempre feliz? É preciso analisar porque o autor colocou justamente essas obras para conversar com o personagem principal. Podemos ver, dentre os diversos livros, O Apanhador no Campo de Centeio, que nos ajuda a ver o quanto podemos estar perdidos e o quanto a vida é simples, é um livro maravilhoso, que pode ser lido por qualquer idade, mas que faz a total diferença quando o lemos quando somos novos, quando ainda temos diversas duvidas e sonhos. Podemos ver que Pat está passando por isso, e que ler o livro talvez o ajude a se reencontrar. Pat fica triste ao ver que todos esses livros são tristes até entender que muitas vezes eles só estão por aí para nos falar mais sobre nós mesmos, sobre as épocas em que vivemos, sobre o que o mundo nos diz. Além de canções que marcaram sua história e que são elos para que ele retome sua vida e saia da crise.

Além do livro, há o filme, que foi recentemente lançado no cinema, claro que não é fiel a obra, mas não deixa de ser um filme magnífico, que desperta a curiosidade para a leitura do livro e faz se apaixonar cada vez mais pela história do nosso querido Pat People.

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