O livro O
Lado Bom da Vida, escrito por Matthew Quick - que foi professor e depois de
uma
viagem até a América do sul resolveu escrever e entrar em outra conexão com
o universo -, é um daqueles livros que achamos que não haverá conexão alguma
com qualquer coisa, que é um simples livro de auto ajuda ou algo nesse sentido.
O que nos deixa totalmente enganados, pois é um livro maravilhoso, daquele que
sentamos e vamos lendo sem ver o tempo passar, repensando algumas coisas de
nossas vidas, refletindo sobre a loucura, a perda, o amor, o desamor, a
traição, a amizade, família e até em jogos de futebol americano.
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O livro conta a história de Pat, que teve um
casamento decepcionante e por conta de uma traição acabou indo parar num
hospital psiquiátrico, passando alguns anos de sua vida sem se lembrar de seu
grande trauma e achando que saindo de lá voltaria a estar com sua esposa. Com o
passar do tempo, sua mãe vai buscá-lo no hospital e o leva para casa, onde ele
recomeça do zero, sem emprego, com uma família desestruturada, pois seu pai não
consegue ser carinhoso com ele, nem com seu irmão e muito menos com sua esposa,
que faz de tudo para que Pat possa se sentir bem e recuperar-se de seu trauma.
Pat, durante a estadia no "lugar Ruim" como ele mesmo menciona no
livro, começou a malhar para que ficasse com o corpo igual ao de quando
conheceu sua esposa e ao sair da clinica mantém o hábito. Num jantar na casa de
um amigo, conhece Tiffany, que passou por problemas tão ruins quanto os dele e
estava lutando para sair de sua depressão. Eles passam a correr juntos e se
tornam amigos. Tiffany se apaixona por ele e com isso lhe faz uma proposta que
Pat começa a achar que pode mudar sua vida e enfim voltar com sua esposa. O
tempo passa e algumas mentiras vão aparecendo, quando, num relance, ele começa
a se lembrar do porque ter ficado tanto tempo numa clínica psiquiátrica e a
romper com seu passado iniciando um futuro que já estava ali presente há certo
tempo.
A história pode não parecer muito comovente, mas
quando começamos a ler podemos ver tamanha profundidade e peculiaridades que
não achamos tão facilmente, podemos ver intertextos dentro da obra, ele cita
diversos livros, livros que podemos levar para nossas vidas, em sua maior parte
tristes, mas quem disse que a vida é sempre feliz? É preciso analisar porque o
autor colocou justamente essas obras para conversar com o personagem principal.
Podemos ver, dentre os diversos livros, O
Apanhador no Campo de Centeio, que nos ajuda a ver o quanto podemos estar
perdidos e o quanto a vida é simples, é um livro maravilhoso, que pode ser lido
por qualquer idade, mas que faz a total diferença quando o lemos quando somos
novos, quando ainda temos diversas duvidas e sonhos. Podemos ver que Pat está
passando por isso, e que ler o livro talvez o ajude a se reencontrar. Pat fica
triste ao ver que todos esses livros são tristes até entender que muitas vezes
eles só estão por aí para nos falar mais sobre nós mesmos, sobre as épocas em
que vivemos, sobre o que o mundo nos diz. Além de canções que marcaram sua
história e que são elos para que ele retome sua vida e saia da crise.
Além do livro, há o filme, que foi recentemente
lançado no cinema, claro que não é fiel a obra, mas não deixa de ser um filme magnífico,
que desperta a curiosidade para a leitura do livro e faz se apaixonar cada vez
mais pela história do nosso querido Pat People.
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