De 1999, A primeira vista é um filme que relata a vida de um homem cego que encontra seu
amor, e mesmo vivendo bem e ele trazendo à ela perspectivas novas ela ainda
quer possibilitar a ele voltar a enxergar.
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Ele trata da identidade do cego e da questão do
desenvolvimento do cérebro e a visão. Vergil aceita fazer a operação, e acaba
perdendo as referências de sua própria identidade, relacionando-se com o mundo
vidente de forma atrapalhada e muitas vezes ainda como o cego. Utiliza-se do
tato e outros sentidos, pois para ele as coisas não têm a mesma referência. A
relação com o outro muda, a relação com os objetos muda e ele que passa a parte
inicial do filme sorrindo muito, passa a ser infeliz.
Acredito que mostrar para o vidente que o mundo do cego é
tão natural quanto o nosso, e que o seu mundo pode ser da forma que é sem que
tenhamos que acreditar que enxergar é toda a solução do mundo é o principal ponto positivo.
O filme mostra o cego como um ser completo: sensual,
atuante, ativo, profissional, um cidadão como outro qualquer, mas limitado não pela
sua condição de cego, mas sim pela condição de um mundo vidente.
O filme tem muitos pontos positivos, humanizando o cego e
retirando a necessidade de cuidados que o vidente às vezes dispõe a ele como
acontece com a sua relação com a irmã mais velha.
Gostei muito do filme, vai além da questão romântica, mas já meu marido achou "chatinho", então para assistir, você deve estar de mente aberta e naõ esperar mil explosões e nem mesmo comédia, pois é um drama.
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