Por Laura Lucy Dias
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Os temas abordados nesta adaptação (de 2012) estão ligados às questões como justiça, família, cidadania, liberdade, coisificação e principalmente ao amor. É, ao amor!
É através o amor que Jean Valjean vive a saga principal do filme: amor à família ao roubar um pão, amor a deus quando sua alma é salva pelo padre através da justiça e amor divino, amor à cidade e à fábrica que gere, amor à Fantine (mais uma face da injustiça social - lado feinino do herói) e amor à Cosette, ao ponto do sacrifício.
Apesar de Jean Valjean ser um anti-herói, é o protagonista de uma história que leva seu telespectador a se perguntar, da mesma forma que o protagonista e o antagonista: Quem sou eu?
Tanto Jean Valjean quanto Javert chegam a sua anagnorisis trágica (reconhecimento de quem se é) quando percebem o que o estado (a monarquia, no caso da França no período histórico da narrativa) faz com eles, sendo o primeiro transformado de homem forte e amoroso em um ladrão e fugitivo e o segundo um alienado inspetor de polícia que apenas cumpre as leis, sem ao menos questioná-las!
A batalha lembrou-me este quadro. |
Esta questão vai até "Vive la France", que é o momento no qual a população, que até o quadro macro da história, vai À luta ao ponto da morte de milhares de homens, para responder à pergunta com esta frase: Eu sou um homem (povo) livre!
Para finalizar, a adaptação deixa clara qual deve ser a coisa mais importante, e acaba ficando de lado sob o subjulgo do poder, e esta é a família.
Um lindo e emocionante musical, não li o livro ainda, mas acredito que a adaptação fez o melhor que possível, visto a amplitude da obra e a grandeza dos temas.
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