Por Laura Lucy Dias
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Estreou semana passada e já me dei o deleite de assistir... bem, talvez deleite, está mais para espanto. Acho que estou ficado muito mais crítica com essas adaptações que propõem um conto de fadas mais dinâmico e para adultos.
Quem já viu o trailer sabe que é João e Maria: Caçadores de bruxas. De fato eles matam a bruxa no final do conto e aí eles crescem. A história começa deste ponto. O pai os deixa na floresta e matam a bruxa, então já estão por aí caçando de forma muito eficaz, com armas tecnológicas de um período muito diferente da época real, mas o seria do filme sem as explosões e tiros para todos os lados? Até tem um arco e flecha mais desenvolvido, uma ou outra faca... mas o baguio pega com toda a parafernália que os adultos esperam de crianças que aprenderam toda a moral das histórias que viveram: vamos matar todo mundo que é do mal.
Eles fazem uma adaptação um pouco mais sutil, explicam o motivo de o pai lhes terem abandonado na floresta (no filme foi abandono, e sem cascas de pão). Eles ainda estão traumatizados e acabam por conseguir descobrir toda a verdade ao encontrar uma bruxa muito má e que conhecia a história deles, ou melhor... talvez tivesse feito parte dela. Além disso inserem mais alguns segredinhos interessantes, mas que não fazem muita diferença, pois se era para causar a catarse das personagens, apenas acabam por revelar uma outra face da relidade.
Não quero contar o filme todo, mas se você está esperando luta, explosão, sangue e muita maquiagem está seguindo o caminho certo. A história é bem adaptada, mas numa linha distante da dos contos de fadas e muito próxima das necessidades hollywoodianas.
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