Lei de direitos autorais

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29 de jan. de 2013

“A Hospedeira” de Stephanie Meyer, para pensar sobre nós mesmos




Por Gisele Souza

Imagem retirada deste link
         O romance foi escrito por Stephanie Meyer, a autora consagrada pela saga Crepúsculo, que foi ao cinema e conquistou milhares de leitores e também, como era de se esperar, houve milhares de críticas. Publicado em 2008 já vendeu inúmeras cópias pelo mundo e agora irá para as telonas.
Meyer é estadunidense e formada em literatura inglesa e A Hospedeira é sua primeira obra que foge da temática presente em Crepúsculo. O livro é uma ficção científica que tem um belo romance em seu enredo e com inúmeras dificuldades, o que nos faz refletir sobre muitos aspectos humanos e muitas de nossas atitudes.
Por mais que seja um livro de leitura fácil, e uma história que não é tão surpreendente, pois muitos já falaram sobre a vinda de outros seres para a terra, de destruição da humanidade, entre outros. Ela inova nos transformando em hospedeiros de "almas" alienígenas, que vem se "hospedando" em outros seres em vários outros planetas, como de golfinhos, aranhas e flores.
Para eles a experiência é única, pois nunca sentiram as emoções que os humanos sentem e eles têm um agravante que não temos, a bondade. Eles não precisam pagar por suas compras, não ultrapassam o limite de velocidade, não mentem e ajudam uns aos outros. É claro que temos o outro lado da moeda, nós, os humanos, perdemos nossos corpos e sumimos para sempre desse mundo sem fim. Alguns deles não saem dos seus corpos, convivem juntamente com esses parasitas alienígenas e são chamados de rebeldes, pois são tão fortes que não saem do seu próprio corpo com facilidade, é isso que acontece com Peg e Melanie. Peg se hospeda no corpo de Melanie que se recusa a sair e as duas passam a conviver no mesmo corpo, vivendo os mesmos sentimentos. Com isso elas passam a correr atrás dos humanos que Melanie tanto ama, que estão escondidos e não as acolhe da melhor maneira possível e aí se inicia a trama que dá inúmeras voltas fantásticas, inclusive algumas reflexões, sobre nós humanos, sobre o que é ser humano, porque é tão fantástico e porque é tão triste também. 
         Caímos mais uma vez na questão do amor, pois foi ele quem levou Melanie a não sair de seu corpo e, de certa forma, fazer com que Peg fosse buscar os entes de sua hospedeira. E por amor a eles, temos diversos sacrifícios, diversas discussões. O amor pelo outro, que quase não mais vemos por aí, o amor pela vida, a garra de querer estar consigo quando vemos as pessoas enxergarem só o próximo, apontar somente o que o próximo tem de melhor ou pior e sem olharmos para nossas virtudes e tristezas. É um romance para que possamos olhar dentro de nós e vermos o quanto somos importantes. Não é auto ajuda, longe disso, mas as leituras precisam despertar alguma coisa dentro da gente e essa história não é melosa como crepúsculo, ela é mais densa e mais pesada também. Há quem não acredite em vida longe da terra, mas será que não seria muita pretensão pensar que estamos sós?

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