Lei de direitos autorais

LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998

Artigo 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:

IV - o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou;

20 de ago. de 2013

Stephanie - Capítulo 3: J.O.D.E.



Stephanie começa se arrumar para ir à escola , sempre com muita revolta e raiva. Vestindo uma calça legging cheia de lacinhos e uma blusa branco com muito brilho. Vai para a mesa tomar o café da manhã, e o pai a pergunta:
-Então filha, está ansiosa para o seu primeiro dia de aula?
Stephanie responde, com uma expressão de irônica:
-Olha minha cara de ansiosa pai!
Carlos logo percebeu que sua filha não estava muito bem com as mudanças que esta ocorrendo.E a mesa fica com ar péssimo, Solange logo para acabar com o clima ruim, diz:
-Tenha calma, tudo vai dar certo! Você vai ver, vai se acostumar.
Stephanie não gostando do que a madrasta lhe disse, sai da mesa e deixa seu café todo ali. Seu pai pergunta:
-Não vai mais comer, filha?
-Não estou com fome.
 Stephanie pega sua mochila e, com um tom de raiva, diz:
-Pai vamos, é você que vai levar hoje, não é? Então vamos!
Os dois saem de casa e o silêncio continua, Stephanie começa a pensar, olhando paras as casas mal acabadas e pobres:  “credo, quanta gente pobre, não acredito que vim parar nesse lugar”. Já cansada pergunta ao o pai:
-Falta muito para chegarmos à escola?
-Não, está logo ali filha. - Responde resignado o pai surpreso com a pergunta da filha, achando que ela está interessada em chegar à escola.
Stephanie pensa consigo: “com certeza a escola e péssima!”, “só vai ter gente pobre e nojenta”,  “não acredito que meu pai está fazendo isso comigo” e assim por diante, quando de repente o pai diz:
-Chegamos filha.
Stephanie com um olhar de ódio fotografa mentalmente a escola: mal colocada no topo da ladeira, parecendo uma coisa que não tem definição entre as outras duas escolainhas, e que entrada era aquela, não tinha endereço, apenas uma viela? Logo ela responde ao pai com toda a ironia possível:
-Que ótimo pai!
O sinal tocou e todos foram para as suas salas, a da Stephanie é a 8°F . Logo ao entrar ela percebe o garoto que estava subindo em uma perua escolar logo na hora que ela saiu a pé com seu pai.
Ele não pode reconhecer-me! Aquele moleque mora no Jardim da Conquista! Ela o evita, garoto magro, tamanho mediano e moreno, cara de pobre como qualquer pobre, igualzinho a todos os outros! Enquanto Stephanie estava absorta em seus pensamentos e medos em relação àquele garoto, Renata veio falar com ela:
-Oi meu nome é Renata, como é o seu?
-Stephanie. - responde um pouco surpresa.
A professora então entra na sala e Renata vai para o seu lugar.
-Boa tarde.- diz a professora Rosimeire. E logo se dirige à Stephanie - Você é a menina nova?
-Sim.
- Eu sou a professora Rosimeire, prazer!
Stephanie cora e vira para olhar e vê que estão todos olhando para ela. As três primeiras aulas passam lentamente, assim como dolorosamente. Ela descobre pela chamada que o garoto se chama Péricles. Ela só pensa em quanto o nome dele é ridículo, ridículo como ele é! Ao findar a terceira aula toca o sinal para o intervalo, e a Renata se aproxima para descer com ela.
- Porque você veio para o JODE?
-Eu vim par cá pois eu acho que essa é a melhor escola da região.
- Concordo com você. - Renata olha para ela e dá um sorrisinho.
As duas continuam a conversar, e Stephanie se ente melhor, já que ao menos não ficará tão só naquele lugar. Renata compartilha de muitos gostos e ela se impressionou muito com a sua nova colega, Stephanie sabia convencer a quem quisesse.
O sinal bate e elas se encaminham para a sala, quando o garoto a aborda, Renata não percebe e deixa-os para trás:
- Você se mudou para a rua essa semana, não foi? Prazer, eu sou o Péricles. – diz para ela, estendendo a mão para cumprimentá-la.
- Você está louco? Eu moro num condomínio na Aricanduva! – diz rispidamente e deixa-o falando sozinho. O garoto se sente um lixo, mas esperará para entender melhor aquela história louca da garota que mora no condomínio localizado dentro do cortiço que tem no Jardim da Conquista.
O dia foi tenso, mas acabou. Ela chega em casa e entra no quarto sem falar com ninguém, se tranca. Começa a pensar na escola, e no quanto gostou da Renata, apesar de ela ser pobre e boba, pois ela tem estilo. Pega seu diário e começa a escrever:
                             “Querido diário,
                                         Hoje foi um dia nebuloso e empobrecido...”

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