Vampiros, zumbis e outros seres se interessando em manter relações amorosas com o seu alimento
Por Laura Lucy Dias
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Imagem retirada deste link (texto ótimo, mas cuidado com o spoiler) |
Se você gosta de zumbis, é uma oportunidade de ter uma visão diferente do tipo de personagem que já está arraigado na cultura literária, cinematográfica e de HQ. Mas o nome já diz: é um filme que vai além do tema zumbi, para chegar em temas puramente humanos.
O narrador é o Zumbi que não sabe seu nome, apenas que começa com R, ele é um filósofo que vai nos posicionando no plano de fundo da vida zumbi que se passa no aeroporto abandonado desde o apocalipse. Ele tem noções de estética, noção de conceitos como amizade (ele tem um amigo de rosnado), ele é um Wall-e! Verdade!
"Vive" sozinho em uma aeronave abandonada, e adivinha o que ele faz? É um colecionador (ou acumulador). Quando ele sai para se alimentar em bando, sempre retorna com algum item para colecionar. E ele tem bom gosto musical: Guns ´n roses, Rush, Roy Orbison... O R gosta de ouvir músicas em vitrola, pois o som é melhor...
O que acho
interessante é a questão de vampiros, zumbis e outros seres se
interessando em manter relações amorosas com o seu alimento... mas tudo
bem, abrindo a mente podemos curtir mais!
Em uma caçada, feita em grupo e descrita de forma irônica, a gente conhece a posição dos humanos: Vivem em uma cidade murada (é, como se fosse Woodbury, do The walking dead, mas muito melhor, pois o governador é o maravilhoso John Malkovich!). Nesta caçada os humanos madaram um grupo de jovens para buscar suprimentos de remédios, os zumbis os encontram e R ataca o namorado de Juliet. A preferência por cérebros é explicada pela possibilidade de o zumbi obter as lembranças e sentimentos dos humanos que são suas vítimas, e eles não se levantam como cadáveres depois de terem o orgão completamente consumido.
Com os sentimentos novos o R leva juliet com ele, a salva. Ele fala com ela, e eles se conhecem melhor durante uns dias que passam juntos, até que ela volta para casa, mas de fato os zumbis estão mudando e acontece o que menos se espera: A cura!
Além de "Extermínio 2 (28 weeks after)", não há outra obra que tente curar um zumbi, ou imunizar os humanos. Esta cura é bem filosófica e para que seja necessária aparece um terceiro inimigo: Os esqueléticos.
Vale a pena conferir, há referências diversas a outras obras como as de Shakespeare, os clássicos de zumbi que não falam de "mortos vivos" que se levantam dos túmulos.
Vale a pena conferir, mas sem precoceitos! Eu fui só por causa do John Malkovich, e não me arrependi! Ah, descobri a pouco que é uma adaptação do livro "Sangue quente", do autor Isaac Marion, que tem uma tradução bem melhor que o título do filme. Vou ler este e depois falo da adaptação!
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