O
dia está chuvoso e Stephanie está bem deprimida pelo o que ocorreu nos dias
anteriores. Se levanta e vai ao banheiro se ver no espelho e se vê acabada, com
os olhos inchados.
Vai até
a mesa do café e só pega umas bolachas e vai para o seu quarto novamente. Mal
tem conseguido dormir e comer, mesmo se esforçando para tanto. Nem se levanta
para ir à escola, nem para falar com D Guilhermina, que anda pela casa,
conforme pode ouvir seus passos. Vira e mexe a senhorinha simpática vem À porta
e fala com ela:
“-
Minha menina, vamos comer alguma coisa!”
“-
Meu anjo, posso entrar?”
“-
Stephanie, você precisa reagir.”
NA
entrada para a escola Renata chega e Perycles vai a falar com ela:
- Renata
a Stephanie não vem hoje.
- O que
aconteceu com ela? - Pergunta Renata preocupada.
- Acho
que é pelo fato do seu pai ter sido preso, foi a avó dela que me falou.
- Você
sabe onde ela mora? – pergunta-lhe Renata.
- Sim,
sei. Quer que eu te mostre onde é?
- Sim,
podemos ir agora? - pergunta Renata
- Sim
vamos... mas ...e a escola? – preocupa-se Perycles.
-
Ligamos para a minha mãe avisando, e passamos na sua casa para avisar à sua.
No
caminho, Renata, Perycle e Rodrigo vão conversando. Ao chegar à casa de Stephanie
Renata toma um susto, pois achava que sua amiga morava na Aricanduva. Não sabia
que era tão perto da escola, e nem mesmo que dava para ir à pé. Pensou que
passariam pela casa do Perycles primeiro.
Chamam
pela garota, mas ela estava absorta em seus pensamentos e não ouve, quem atende
é a D Guilhermina, que estava lavando roupas no quintal. Ela os permite
entrarem e orienta para nem baterem à porta, pois ela não abriria.
- O
que vocês estão fazendo aqui? - pergunta Stephanie assustada, ao se dar conta
que havia mais alguém ali, no escuro.
- Calma
amiga viemos lhe ver. Pensei que você estava mal, e que poderia ajudar em
alguma coisa. - fala Renata.
- Desculpe,
só não esperava... mas... oque vocês querem? Conversar? Dar risada da minha
cara? Saber mais detalhes da prisão? Não deu para verem na tV? – ruge a garota.
Eles
relevam e tentam conversar com ela falando de amenidades, Renata vai à cozinha
e prepara um bolo de caneca pra todos, enquanto os meninos animam o quanto
podem a sua amiga.
O bolo
está tão gostoso que os meninos pedem para repetir e Stephanie não quer
comer... Renata a abraça, mesmo contra seu gosto e fala para ela:
- Seu
pai está vivo e bem, mesmo que não esteja aqui. Você precisa ficar bem para ajudá-lo.
Muitas vezes as crianças é que resolvem os problemas dos adultos... e eles nem
mesmo são crianças diferentes de nós. Minha mãe que me disse isso. E acho que
tem tudo a ver com este momento.
- Eu
sei... – gagueja a garota e começa a chorar copiosamente.
- Seu
pai vai voltar pra casa... você precisa ficar bem para visita-lo! – complementa
Perycles.
- E
se você for vê-lo, ele terá forças para aguantar e passar por isso!
Passa
um tempo e eles ficam todos conversando, isso muda o ânimo de Stephanie
totalmente. Depois de horas Renata percebe que tem que ir embora, e deixam-na
pensando sobre a importância de ter bons amigos... nunca precisou disso quando
tinha outra vida. Chega anoite e Stephanie pega seu diário para escrever.
“Querido Diário
Hoje tive uma grande prova de que
posso ser feliz. Meu pai está preso sim, mas eu posso ajudar. Ele precisa de
força para passar por isso, e eu posso ser essa força. A minha são meus
amigos...
Somos uma equipe, isso é algo que
nunca tive, nem mesmo quando minha mãe morreu. Vou ligar para as tri... pera
aí... acho que elas vão me dar apoio também. Quem sabe me ajudem a procurar um
advogado?
Diário... elas não me atendem. Ignoram
o celular, em casa andaram falar que me retornam. O que será que está
acontecendo com elas?”
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