Stephanie
estava na aula de artes, ela detestava aquela aula. Só não mais que a de
Educação Física. Por isso estava mexendo em seu celular embaixo da mesa. A
professora falava sem parar, parecia uma gralha velha e gorda, não ia com a
cara dela de jeito nenhum.
A
professora vê Stephanie mexendo em seu celular então chama sua atenção manda
guardar seu celular, Stephanie olha para professora com cara de raiva, e a
professora diz:
-Não é
hora de mexer no celular.
-Eu só
fui ver hora. - diz Stephanie com um tom de arrogância
-Não
quero saber, se eu pego seu celular, só vou te devolver quando seu pai vier
pegar.
Ela
pensava em como aquela professora era irritante e como a aula dela era sem
graça ,não importava o que fizesse nunca iria gostar dela. Pega o celular novamente
e começa a trocar SMS com a Renata que não tinha ido para a escola. A
professora aproveita um momento de distração da garota e toma o celular. Ela
levanta e tenta pegar de volta, começa a gritar como uma louca, todos estão
olhando e Perycles a segura.
- Calma,
Stephanie, ela tem o direito.
- Ninguém
tem o direito!
- É
contra a lei usar celular na sala de aula. Fica calma.
A
professora volta para a frente e começa o discurso, ameaçando aos alunos e à
Stephanie:
-
Primeiramente, vocês sabem que não pode usar celular em sala de aula. E quem
estiver com celular, se eu vir eu pegarei e chamarei os pais. E Stephanie, você
tem sorte por eu estar de bom humor, enquanto você está falida. Não consigo
entender como alguém consegue perder tudo menos a pose e a arrogância. Vê se
muda menina! Se precisar eu te ajudo, entenda isso como o seu primeiro passo! –
Vira-se sorrindo triunfante e sentindo o apoio da turma, volta à aula e percebe
que os alunos estão se sentindo vingados e se divertindo muito com a situação.
Só quem se compadece são o Perycles e o Rodrigo.
- Ela não
devia... como pôde...??? – lamenta-se Stephanie, que chora baixo enquanto todos
a observam.
- Calma,
a gente vai resolver, ela não vai chamar seus pais.
- Mas,
isso ... não ... é ... o problema... – soluça a garota.
- E qual
é o problema então?
- Eu...
não ... posso ... ficar ... sem celular... não... dá...
- Vou
falar com a professora, espera que você terá seu celular, mas não seja idiota
novamente. Parece que queria ser pega, pô.
Ele vai
para a mesa da professora que se sentara para fazer a chamada. Ele cochicha com
ela, ninguém entende, mas nós podemos ouvir:
-
Professora, eu sei que ela estava errada, mas se a Senhora me der o celular, eu
juro que ela não faz mais isso, pois eu não deixo.
-
Perycles, não tem sentido fazer isso. Ela merece e sempre te trata tão mal. Vou
chamar o pai dela sim, e ela vai ficar sem o celular por uns dois dias!
- Mas
professora, se a Senhora me ajudar, acho que ela vai confiar em mim, e aí posso
tentar descobrir o que aconteceu com ela e porque ela é assim.
- Como
você é ingênuo, menino.
- Por
favor, prof., estou lhe pedindo.
A
professora sabe que o garoto não pediria se não estivesse planejando algo. Ela
sabia que ele era um bom garoto e confiava nele, então faz um acordo:
- Eu vou
devolver sim, mas quero que você fale com os pais dela, e amanhã me fale o que
aconteceu.
O garoto
volta com o celular, triunfante, discretamente, sem que os outros alunos
percebam. Não o mostra à Stephanie para que ela não o denuncie, não podia
perder a confiança da professora. Espera a próxima aula e então diz para ela:
- Eu
peguei o seu celular, sem que ela percebesse, ela vai se esquecer, e então te
devolvo no intervalo. Fica de boa aí.
- Ela não
entende e duvida do que aconteceu, continua chorando. O professor que entra na
aula seguinte pergunta o que estava acontecendo e a sala responde, quase que em
uníssono:
- Essa
menina é folgada!
- Ela
acha que tem o rei na barriga, enfrentou a professora de arte!
- Ela
está chorando por que merece, bem feito!
O
professor dá de ombros, pois não gosta mesmo da garota e se foi isso o que
aconteceu, que ela se virasse para resolver, gostaria muito de falar com o pai
dela e se ele vier, vai pedir à colega que o chame para a reunião.
Na hora
do intervalo ela está lá chorosa no canto, sem fome e sozinha, pois não tem
nenhum outro amigo que não Renata que faltara por estar doente. Então quando o
Perycles vê a oportunidade de falar com ela, vai rapidamente e fala:
- Pega aí.
Ela nem
acredita, era o celular dela mesmo. Ele entregou como um gato, ninguém
percebeu. Imagina ficar sem os contatos de pessoas ricas que eram as suas
amigas. Ela morreria.
Sabe que
agora deve um favor ao moleque, então antes de sair pelo portão, ela se dirige
pela escada tentando alcançá-lo. Cutuca sua cintura e fala em seu ouvido, de
maneira baixa e discreta:
-
Obrigada.
E vai
embora.
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