Lei de direitos autorais

LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998

Artigo 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:

IV - o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou;

25 de nov. de 2013

Stephanie - Capítulo 19 – Algo estranho acontece



Stephanie estava na aula de artes, ela detestava aquela aula. Só não mais que a de Educação Física. Por isso estava mexendo em seu celular embaixo da mesa. A professora falava sem parar, parecia uma gralha velha e gorda, não ia com a cara dela de jeito nenhum.
A professora vê Stephanie mexendo em seu celular então chama sua atenção manda guardar seu celular, Stephanie olha para professora com cara de raiva, e a professora diz:
-Não é hora de mexer no celular.
-Eu só fui ver hora. - diz Stephanie com um tom de arrogância
-Não quero saber, se eu pego seu celular, só vou te devolver quando seu pai vier pegar.
Ela pensava em como aquela professora era irritante e como a aula dela era sem graça ,não importava o que fizesse nunca iria gostar dela. Pega o celular novamente e começa a trocar SMS com a Renata que não tinha ido para a escola. A professora aproveita um momento de distração da garota e toma o celular. Ela levanta e tenta pegar de volta, começa a gritar como uma louca, todos estão olhando e Perycles a segura.
- Calma, Stephanie, ela tem o direito.
- Ninguém tem o direito!
- É contra a lei usar celular na sala de aula. Fica calma.
A professora volta para a frente e começa o discurso, ameaçando aos alunos e à Stephanie:
- Primeiramente, vocês sabem que não pode usar celular em sala de aula. E quem estiver com celular, se eu vir eu pegarei e chamarei os pais. E Stephanie, você tem sorte por eu estar de bom humor, enquanto você está falida. Não consigo entender como alguém consegue perder tudo menos a pose e a arrogância. Vê se muda menina! Se precisar eu te ajudo, entenda isso como o seu primeiro passo! – Vira-se sorrindo triunfante e sentindo o apoio da turma, volta à aula e percebe que os alunos estão se sentindo vingados e se divertindo muito com a situação. Só quem se compadece são o Perycles e o Rodrigo.
- Ela não devia... como pôde...??? – lamenta-se Stephanie, que chora baixo enquanto todos a observam.
- Calma, a gente vai resolver, ela não vai chamar seus pais.
- Mas, isso ... não ... é ... o problema... – soluça a garota.
- E qual é o problema então?
- Eu... não ... posso ... ficar ... sem celular... não... dá...
- Vou falar com a professora, espera que você terá seu celular, mas não seja idiota novamente. Parece que queria ser pega, pô.
Ele vai para a mesa da professora que se sentara para fazer a chamada. Ele cochicha com ela, ninguém entende, mas nós podemos ouvir:
- Professora, eu sei que ela estava errada, mas se a Senhora me der o celular, eu juro que ela não faz mais isso, pois eu não deixo.
- Perycles, não tem sentido fazer isso. Ela merece e sempre te trata tão mal. Vou chamar o pai dela sim, e ela vai ficar sem o celular por uns dois dias!
- Mas professora, se a Senhora me ajudar, acho que ela vai confiar em mim, e aí posso tentar descobrir o que aconteceu com ela e porque ela é assim.
- Como você é ingênuo, menino.
- Por favor, prof., estou lhe pedindo.
A professora sabe que o garoto não pediria se não estivesse planejando algo. Ela sabia que ele era um bom garoto e confiava nele, então faz um acordo:
- Eu vou devolver sim, mas quero que você fale com os pais dela, e amanhã me fale o que aconteceu.
O garoto volta com o celular, triunfante, discretamente, sem que os outros alunos percebam. Não o mostra à Stephanie para que ela não o denuncie, não podia perder a confiança da professora. Espera a próxima aula e então diz para ela:
- Eu peguei o seu celular, sem que ela percebesse, ela vai se esquecer, e então te devolvo no intervalo. Fica de boa aí.
- Ela não entende e duvida do que aconteceu, continua chorando. O professor que entra na aula seguinte pergunta o que estava acontecendo e a sala responde, quase que em uníssono:
- Essa menina é folgada!
- Ela acha que tem o rei na barriga, enfrentou a professora de arte!
- Ela está chorando por que merece, bem feito!
O professor dá de ombros, pois não gosta mesmo da garota e se foi isso o que aconteceu, que ela se virasse para resolver, gostaria muito de falar com o pai dela e se ele vier, vai pedir à colega que o chame para a reunião.
Na hora do intervalo ela está lá chorosa no canto, sem fome e sozinha, pois não tem nenhum outro amigo que não Renata que faltara por estar doente. Então quando o Perycles vê a oportunidade de falar com ela, vai rapidamente e fala:
- Pega aí.
Ela nem acredita, era o celular dela mesmo. Ele entregou como um gato, ninguém percebeu. Imagina ficar sem os contatos de pessoas ricas que eram as suas amigas. Ela morreria.
Sabe que agora deve um favor ao moleque, então antes de sair pelo portão, ela se dirige pela escada tentando alcançá-lo. Cutuca sua cintura e fala em seu ouvido, de maneira baixa e discreta:
- Obrigada.
E vai embora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário